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Gravidez e tireóide

A gravidez está associada com a necessidade aumentada de secreção hormonal pela tireóide desde as primeiras semanas após a concepção. Para que esta maior demanda ocorra, a gestação induz uma série de alterações fisiológicas que afetam a função tireoidiana e, portanto, os testes de avaliação da função glandular.

Para as mulheres grávidas normais que vivem em áreas suficientes em iodo, este desafio em ajustar a liberação de hormônios tireoidianos para o novo estado de equilíbrio e manter até o término da gestação, geralmente, ocorre sem dificuldades. Entretanto, em mulheres com a capacidade funcional da tireóide prejudicada por alguma doença tireoidiana ou naquelas que residem em áreas de insuficiência iódica, isso não ocorre.

O manejo de disfunções tireoidianas durante a gestação requer considerações especiais, pois tanto o hipotireoidismo quanto o hipertireoidismo podem levar a complicações maternas e fetais. Além disso, nódulos tireoidianos são detectados, com certa freqüência, em gestantes, o que pode gerar a necessidade do diagnóstico diferencial entre benignos e malignos ainda durante a gestação.

E após o parto, quadros de ansiedade e depressão, na qual a mulher se sente principalmente desanimada e apática, ou agitada e nervosa, podem ocorrer devido a um processo patológico caracterizado pelo funcionamento irregular da tireóide.

Segundo estudo realizado no Hospital das Clínicas, em São Paulo, 13,3% das mulheres após o parto apresentaram esse problema, Nos EUA, a incidência é de 8% a 10% e na Europa 11,4% a 12,5%.

O diagnóstico de disfunção da tireóide pode também ajudar a mulher a lidar com a depressão e ansiedade. Segundo dados do estudo, cerca de 20% daquelas que sofreram de depressão pós-parto se separaram do marido.

A endocrinologista Maria Fernanda Barca, pesquisou 800 mulheres grávidas e das 368 que continuaram sendo analisadas após o parto, três formas de disfunção tireoidiana foram observadas em 49 pacientes. Uma delas caracterizava-se pelo excesso de funcionamento da glândula, chamado Hipertireoidismo. Os sintomas mais comuns são tremores, insônia, ansiedade e depressão. Das 49 mulheres com problemas na tireóide, 6 tinham esse quadro. A maioria das mulheres (41 das 49) tinha uma redução no funcionamento da glândula, quadro definido como Hipotireoidismo. Elas tinham apatia, ganho de peso, intolerância ao frio, pele seca e cabelo quebradiço. Duas mulheres apresentaram um quadro que começava com hipertireoidismo e passava a hipotireoidismo.

No entanto, o quadro pode voltar ao normal naturalmente. A pesquisadora observou também que 14 mulheres que tiveram uma cura espontânea do quadro apresentaram uma recaída depois de dois a quatro anos.

Essa pesquisa foi realizada, por causa da preocupação com as disfusões da tireóide e o que essa disfunções podem causar nos pacientes. Depois da pesquisa feita, espera-se aumentar a atenção de médicos ginecologistas para o diagnostico de hipo ou hipertireoidismo pós parto, para que se possa dar toda a atenção e tratamento necessário a nova mamãe.




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