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Bócio - Aumento de volume da tireóide

Nomes populares: Papo, papeira.

O que é?
Corresponde a um conjunto de doenças da glândula tireóide que se caracterizam por um aumento perceptível no tamanho desta glândula. Como a tireóide se localiza na parte anterior e inferior do pescoço, é nesta região que as pessoas irão observar este aumento, que pode envolver toda a tireóide (aumento difuso, bócio difuso) ou provocar a formação de um ou mais nódulos (caroços).
O aumento da tireóide pode se acompanhar de excesso (hipertireoidismo) ou redução de seu funcionamento (hipotireoidismo). Estas alterações podem ser decorrentes de doenças hereditárias (herdadas da família), auto-imunes, carência de iodo, ou tumores benignos e malignos. Predominam em mulheres dos 20 aos 40 anos e, em geral, necessitam de investigação diagnóstica e tratamento adequados.

Como se desenvolve?
Dependendo de sua causa, o aumento da tireóide pode ser devido a:
> Falta de iodo na dieta, como ocorre em regiões carentes deste elemento no meio ambiente, especialmente em regiões de cerrado e montanhosas.
> Doenças familiares decorrentes de defeitos nas diversas etapas de síntese dos hormônios.
> Doenças auto-imunes, nas quais se desenvolvem anticorpos contra a glândula. Estes anticorpos podem bloquear ou estimular a produção de hormônios.
> Tumores benignos, cuja origem é desconhecida.
> Proliferação dos folículos da glândula, formando o chamado bócio colóide.
> Tumores malignos, que podem apresentar vários tipos de acordo com sua constituição. Alguns tipos de tumores malignos podem ser familiares e outros estão associados a exposição à radiação.

O que se sente?
Os sintomas decorrentes do bócio ocorrem por seus efeitos locais ou pelas manifestações clínicas associadas ao excesso ou diminuição na produção hormonal, caracterizando o hipertireoidismo e o hipotireoidismo (ver itens específicos nesse site).
Os efeitos locais incluem a dificuldade para engolir alimentos, a dificuldade respiratória, principalmente quando se elevam os dois braços simultaneamente, a tosse irritativa, a rouquidão, a voz com duas tonalidades e a dilatação das veias do pescoço. Os sintomas gerais são decorrentes do excesso ou diminuição dos hormônios da tireóide (ler Hipertireoidismo e Hipotireoidismo).

Como o médico faz o diagnóstico?
O médico faz o diagnóstico colhendo a história clínica do paciente e realizando o exame clínico completo, incluindo a palpação do pescoço e da região onde se observa o aumento de volume. No exame geral, são detectados os sinais de hipo ou hipertireoidismo. A partir destas observações, podem ser realizados exames de confirmação que incluem a dosagem dos hormônios da tireóide (T3 e T4), o hormônio que controla a tireóide (TSH), os anticorpos antitireóide (antiTPO, antimicrossomais, antitireoglobulina, TRAB), a ultra-sonografia da região cervical e a cintilografia de tireóide. Podem ser importantes também radiografias da região cervical e provas de função pulmonar no sentido de detectar a extensão da restrição respiratória.
Nos casos em que se suspeita de tumores de tireóide, pode ser necessária a realização de punção aspirativa (puncionar o nódulo da tireóide com uma agulha especial) na região em que se observa o aumento da tireóide.

Como se trata?
Dependendo da causa, o tratamento envolve medicamentos para controlar o excesso ou a diminuição do funcionamento da tireóide. Nos casos de suspeita de tumores da tireóide, está indicada a cirurgia de retirada da tireóide. Após a cirurgia, o paciente deve ser avaliado para presença de resquícios do tumor e se os mesmos existirem, receber tratamento com iodo radioativo. Nos casos de bócio com manifestações de compressão de estruturas do pescoço, está indicada também a cirurgia de retirada da região em que ocorre o aumento de volume. Após a cirurgia, o paciente deve ser avaliado, no sentido de se verificar se o mesmo necessita ou não de reposição hormonal para evitar o hipotireoidismo.

Como se previne?
Nos ambientes com deficiência de iodo, o mesmo deve ser administrado através da iodação do sal de cozinha, que é obrigatória por lei. No sentido de prevenir o surgimento dos tumores, deve ser evitada a radioterapia sobre a tireóide e a contaminação da mesma com radioatividade.
Na medida em que diversas doenças são familiares, ao detectar um paciente com bócio, o médico deve procurar analisar o envolvimento familiar da moléstia, o que pode levá-lo a solicitar exames específicos para algumas doenças familiares.




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