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Hirsutismo

Hirsutismo não é uma doença, mas sim um estado que indica uma desordem subjacente (aumento da produção de andrógenos ou na sensibilidade cutânea aos mesmos). Caracteriza-se pelo o desenvolvimento de pêlos terminais (duros e pigmentados) em locais andrógeno dependentes (face, tórax, abdome e dorso), onde normalmente eles não são encontrados em mulheres. Essa definição pode variar dependendo do grupo étnico e do que é considerado normal em cada população (Ex.: mulheres asiáticas e americanas têm pouco pêlo no corpo, enquanto que mulheres do Mediterrâneo têm mais pêlos).

O hirsutismo deve ser diferenciado de lanugem (pêlo andrógeno independente encontrado principalmente em crianças) e de hipertricose ou "hirsutismo andrógeno independente" (aumento difuso dos pêlos corporais, que pode ser induzido por drogas [fenitoína, penicilamina, diazóxido, minoxidil e ciclosporina] ou por doenças sistêmicas [hipotireoidismo, anorexia nervosa, malnutrição, porfiria e dermatomiosite]).

Por volta de 6-8 anos de idade (adrenarca) começa a produção de andrógenos, que aumenta gradualmente durante a adolescência e começa a diminuir após a terceira década de vida. O andrógeno elevado é proveniente de um aumento na produção no ovário, na adrenal ou, mais raramente, nos órgãos alvos. A testosterona (TES) geralmente tem origem ovariana; o sulfato de dihidroandrosterona (SDHEA) tem origem adrenal e a androstenediona pode ser originada em ovários ou adrenais.

As formas benignas de hirsutismo geralmente inicia na puberdade ou após um período de ganho de peso ou parada do uso de anticoncepcionais, e têm uma progressão lenta. Hirsutismo que começa em outros períodos da vida, com rápida progressão e sinais e sintomas de virilização (clitoromegalia, aumento de massa muscular, voz grave) pode ser decorrente de neoplasia.

Causa comuns:
A síndrome de ovários policísticos (SOP) e o hirsutismo idiopático são as principais causas, sendo outras patologias responsáveis por 2,3% dos casos.1

Causas raras: Hiperprolactinemia, drogas (danazol, progestinas androgênicas de anticoncepcionais orais como o norgestrel), hiperplasia adrenal congênita (HAC) forma não-clássica (geralmente há irregularidade menstrual ou amenorréia primária), hipertecose (aumento da produção de andrógenos pela teca ovariana; não se sabe se é uma desordem distinta ou se faz parte da SOP), tumores ovarianos ou adrenais (os adenomas secretam principalmente TES e os carcinomas secretam TES, DHEA e SDHEA e cortisol. Alguns carcinomas perdem a capacidade de sulfatar o DHEA e os níveis de SDHEA são normais); síndromes de resistência insulínica (a insulina diminui a produção de globulina ligadora de hormônios sexuais e estimula receptores na teca, aumentando andrógenos; pode se associar com intolerância à glicose, obesidade, acantose nigricans, dislipidemias, hipertensão, etc).

Link: http://www.angelfire.com/ri/josivan/Hirsutismo2.html




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