O gênero constitui-se num importante fator de risco para o desenvolvimento da osteoporose. Nos Estados Unidos, cerca de 10 milhões de adultos têm osteoporose e outros 34 milhões têm baixa densidade óssea, o que os coloca em risco de desenvolver a doença. De acordo com um relatório do escritório do Surgeon General's office, em 2020, metade dos americanos, acima de 50 anos, poderá estar em risco de desenvolver a doença. Por lá, 70% das pessoas com osteoporose são mulheres.
O Brasil tem cerca de 10 milhões de pessoas com a doença, a maioria destes doentes também é formada por mulheres. Por aqui, os levantamentos apontam que 20% dos brasileiros correm o risco de desenvolver a osteoporose nos próximos anos.
?Quando levamos em conta apenas o gênero, os homens levam uma vantagem em relação à osteoporose: contam com uma maior densidade óssea e perdem cálcio em um ritmo mais lento do que as mulheres, razão pela qual o seu risco aparente para a doença é menor. No entanto, é preciso ser vigilante e saber que os homens mais idosos apresentam riscos reais para a osteoporose?, alerta o reumatologista Sérgio Bontempi Lanzotti, que dirige o Iredo, Instituto de Reumatologia e Doenças Osteoarticulares.
Nas mulheres, eventos associados com deficiências de estrogênio são os principais fatores de risco para a osteoporose. Dentre estes eventos, destacam-se:
? A menopausa: cerca de 5 anos após a menopausa, o risco de fratura aumenta dramaticamente. As fraturas no pulso ou na coluna são as mais prováveis de ocorrer neste período. Sua ocorrência é um forte preditor de osteoporose, futuramente, que pode levar a graves fraturas de quadril;
? A remoção cirúrgica dos ovários;
? Nunca ter dado à luz;
? Anorexia nervosa: o peso corporal extremamente baixo pode afetar a produção de estrogênio.
?Nos homens, baixos níveis de testosterona aumentam o risco de osteoporose. Certas condições médicas (hipogonadismo) e tratamentos (câncer de próstata com privação de andrógenos) podem causar deficiência de testosterona?, explica o reumatologista.
Sérgio Lanzotti destaca que além do gênero, a idade avançada ? o envelhecimento provoca um desgaste natural nos ossos ? e a etnia ? todos os grupos étnicos são suscetíveis a desenvolver osteoporose, no entanto, caucasianos e asiáticos apresentam um risco comparativamente maior ? também são fatores de risco fixos para a doença. ?A história familiar pesa muito também: pessoas cujos pais apresentam um histórico de fraturas podem ser mais propensas a ter fraturas?, diz o diretor do Iredo.
Fatores de risco em crianças e adolescentes
A densidade máxima óssea, alcançada durante os primeiros anos de crescimento, é um fator importante para sabermos se uma pessoa poderá desenvolver osteoporose. Pessoas, geralmente mulheres, que nunca desenvolvem o pico de massa óssea no início da vida estão em alto risco de desenvolver osteoporose mais tarde.
Segundo Sérgio Bontempi Lanzotti, algumas crianças apresentam mais propensão de não alcançarem o pico de desenvolvimento ósseo. Neste grupo encaixam-se:
? Os prematuros;
? Os que têm anorexia nervosa;
? O que apresentam puberdade tardia ou ausência anormal de períodos menstruais.
?Embora em grande parte a genética possa ?prever? a nossa saúde óssea, exercícios e boa alimentação, durante as três primeiras décadas de vida - quando o pico de massa óssea é atingido - ainda são excelentes salvaguardas contra a osteoporose e outros inúmeros problemas de saúde?, defende o médico.
Link? http://www.segs.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=50817:-quem-apresenta-mais-fatores-de-riscos-para-desenvolver-a-osteoporose-homens-ou-mulheres-&catid=47:cat-saude&Itemid=328