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Pesquisa sobre Diabetes Tipo 1

No diabetes tipo 1 ocorre a destruição das células que produzem insulina pelo sistema imunológico. O que há de mais avançado em termos de busca da ?cura? ainda necessita de avanços.

Uma das pesquisas em fase inicial e bastante interessante é feita pela equipe de transplante de células-tronco da Universidade de São Paulo (USP), campus de Ribeirão Preto. Imagine se um portador de diabetes tipo 1 pudesse começar de novo. Ou seja, como se faz quando o computador dá pau e se reseta o sistema e se reinicia a máquina. Esse estudo foi apresentado em outubro último no Congresso da Sociedade Brasileira de Diabetes, promovido em Brasília.

O estudo da equipe da USP Ribeirão, comandada pelo pesquisador Júlio Voltarelli, é para diabético tipo 1 e com diagnóstico recente, feito há cerca de seis semanas. Com essa característica, o paciente ainda produz as células que produzem insulina. O médico endocrinologista clínico e pesquisador Freddy Goldberg Eliaschewitz ressalta que a ideia é interromper, destruir o sistema imunológico. Antes, se colhe células- tronco da medula e acondiciona. As células-tronco não têm memória do sistema imunológico. O paciente tem que ser vacinado novamente contra tuberculose, sarampo, catapora, rubéola e demais.

?Assim você dá uma segunda chance para o sujeito não desenvolver o diabetes?, avalia Eliaschewitz. Ele diz que o estudo é muito recente para se fazer qualquer tipo de projeção além do que já se obteve com estudos com um grupo restrito de pacientes.

O endocrinologista cita que há um risco de que o paciente contraia infecção generalizada devido à destruição do sistema imunológico. O diabetes tipo 1 é uma doença auto-imune. O sistema imunológico responsável pelas defesas naturais do organismo reage quando reconhece algum agente infeccioso. Ataca esse vírus ou bactéria até destruí-lo.

Por algum motivo ainda desconhecido, nas pessoas com diabetes tipo 1, o sistema imunológico resolve atacar as células produtoras de insulina no pâncreas. Por isso, esse processo é chamado de auto-imune.

O que os pesquisadores relatam é que a possível causa é resultado 30% da genética e 70% dos fatores ambientais.

Sistema imunológico

Conforme os pesquisadores, os resultados verificaram a existência de células do sistema imunológico que não foram destruídas na quimioterapia ? método de desligamento do sistema imunológico. Neste ano, foi iniciado um novo estudo semelhante usando um esquema de quimioterapia mais agressivo, aprovado pelo Comitê Nacional de Ética e Pequisa da Food and Drug Administration. Serão incluídos somente pacientes recém-diagnosticados.

A equipe começou outra pesquisa com célucas-tronco mesenquimais, responsáveis por regenerar tecidos e propriedades imunomoduladoras. As células podem bloquear a auto-imunidade e regenerar as células que produzem insulina. Para isso, um parente do paciente precisa ir até ao centro de estudo, há uma pequena cirurgia para retirada de um pedaço da medula óssea.

A equipe prepara material para que haja proliferação das células mesenquimais. Quando inseridas no paciente, estas migram direto para as células inflamadas no pâncreas. Conforme os pesquisadores, o procedimento implica em oito infusões endovenosas, sem efeito colateral.

Somente participam desse estudo pacientes recém-diagnosticado de 5 a 18 anos.

Link: http://www.jcnet.com.br/detalhe_geral.php?codigo=218084




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