Sim. Em primeiro lugar, porque não há estudos que definam o que são pequenas ou grandes doses de substâncias anabolizantes. O que se sabe é que, para pessoas sem deficiência da ação de um determinado hormônio, qualquer dose administrada deste hormônio poderá causar reações adversas. Isto acontece para qualquer hormônio, inclusive para os hormônios com propriedades anabolizantes.
Dentre os hormônios com propriedades anabolizantes estão os esteróides, representados pelos andrógenos (hormônios masculinos) e pelo estrógeno, e os hormônios protéicos, representados pelo hormônio do crescimento e pela insulina.
Na atualidade, os hormônios esteróides utilizados indiscriminadamente para o aumento da massa muscular são os andrógenos, que podem causar acne e oleosidade da pele, queda de cabelos (que varia desde ?entradas? na região frontal até a calvície nas porções frontal e superior da cabeça), hepatite e alterações comportamentais em qualquer pessoa. Especificamente em homens, pode causar aumento da próstata e até câncer de próstata nos indivíduos predispostos. Em mulheres, pode levar à irregularidade menstrual e ao surgimento de pelos escuros e grossos pelo corpo e outras características virilizantes (masculinizantes), tais como engrossamento da voz, redução do volume das mamas, hipertrofia do clitóris e a já citada queda de cabelos na região frontal.
Dentre os hormônios protéicos, o mais utilizado de forma indiscriminada é o hormônio do crescimento. O seu uso em adultos sem deficiência associa-se ao crescimento excessivo das extremidades (nariz, orelha, mãos e pés), ao desenvolvimento de diabetes, hipertensão arterial, dores nas juntas (articulaçõe) e outras complicações menos freqüentes, como aumento do volume do coração e da tireóide e cálculos renais.
Fonte: www.cristianobarcellos.com.br