Tirando Dúvidas Sobre Insuficiência Adrenal
Esta edição do Tirando Dúvidas tem o propósito de explicar o que é a insuficiência adrenal, quais os seus sintomas, conseqüências, formas de tratamento e relação com outras doenças. A consultoria é da Dra. Milena Caldato, presidente do Departamento de Adrenal e Hipertensão da SBEM (biênio 2007/2008).
O que é Insuficiência Adrenal?
A Insuficiência Adrenal (IA) é uma patologia de etiologia diversa que está associada à baixa produção dos glico e mineralocorticóides, hormônios produzidos no córtex das glândulas adrenais. Pode-se ter vários tipos de insuficiência adrenal e ainda várias classificações.
Tipos e Classificações
Quando se chama de IA primária o defeito é originário da própria glândula adrenal e IA secundária quando ocorre deficiência na produção do hormônio que estimula a produção adrenal, que é o ACTH ou hormônio adenocorticotrófico.
Principais Causas
Dentre as causas de IA primárias têm-se doenças genéticas, doenças infecciosas (como por exemplo, tuberculose adrenal) e mais freqüentemente as doenças auto-imunes.
Nas causas de IA secundárias pode-se ter os tumores hipotálamo-hipofisários, doenças granulomatosas, todas associadas a alterações no hipotálamo ou na hipófise.
Sintomas Clínicos
O quadro clínico pode não ser muito exuberante e está associado a sintomas relativos à falta de glicocorticóide, de mineralocorticóide ou de ambos e ainda a sintomas específicos da etiologia envolvida. Por ser variável, a inespecificidade do quadro pode dificultar o diagnóstico precoce.
O paciente pode apresentar cansaço fácil, perda de peso, hipotensão e hipoglicemia, presença de valores plasmáticos baixos de sódio, e consequentemente uma avidez por alimentos salgados. Pode-se ainda apresentar sintomas de diminuição dos andrógenos adrenais como diminuição do interesse sexual e da pilificação corporal, sendo estes mais encontrados em mulheres.
Formas de Tratamento
O tratamento consiste na reposição dos hormônios que estiverem em falta (glico e/ou mineralocorticóides), continuadamente. É fundamental a orientação ao paciente da necessidade de se aumentar as doses do corticóide em presença de situações de stress.
Fonte: SBEM
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