Com o crescimento da incidência da obesidade na criança e no jovem (indivíduos abaixo de 25 anos), muitos casos de diabetes tipo 2 (aquele que apresenta diversos graus de insulinodeficiência + resistência insulínica) começaram a ser diagnosticados.
Neste caso, não há marcador imunológico que identifique processo auto-imune. Muitas crianças com diabetes tipo 2 são obesas ou têm distribuição da gordura predominantemente abdominal. Ocorre uma hiperglicemia gradual e pouca sintomatologia clínica. A causa parece ser o aumento da ingestão calórica e a diminuição do exercício físico. Embora na maioria dos casos exista predisposição hereditária familiar (história familiar de diabetes), não há genética definida.
Atualmente, existem no mundo cerca de 100 milhões de indivíduos diabéticos, sendo que 95% destes são portadores de diabetes mellitus tipo 2. Até recentemente, um paciente com DM abaixo de 25 anos era considerado como portador de diabetes mellitus tipo 1 (insulinodeficiente, que necessita aplicação diária de doses de insulina). Por isso, muitas crianças obesas com hiperglicemia leve eram tratadas com insulina, quando na verdade, poderiam se beneficiar do tratamento com dieta, exercícios físicios e hipoglicemiantes orais.
Tratamento
Crianças assintomáticas e com glicemias pouco elevadas (até 206mg/dl) são geralmente tratadas com hipoglicemiante oral. Se apresentam perda de peso + cetose, então a insulinoterapia é associada. É importante o controle periódico, monitorização domiciliar, exames de fundo de olho, microalbuminúria.
Se houver aumento de colesterol e/ou triglicérides, hipertensão, obesidade, todos deverão estar controlados para a boa evolução do caso.
A prevenção, da mesma forma que no DM2 no adulto, seria a manutenção do peso dentro da faixa ideal (IMC<27) e exercícios físicos regulares.