Hipotireoidismo não justifica diretamente a obesidade
Quem nunca ouviu a seguinte afirmação: estou acima do peso, porque tenho hipotireoidismo?
É certo que o hipotireoidismo - produção diminuída de hormônio tireoideano – pode acarretar certo ganho de peso, mas, segundo os especialistas, não está diretamente relacionada a obesidade. De acordo com o endocrinologista Marcelo Macedo, que atende no Centro Médico – em Sinop, a doença está mais ligada a retenção de líquidos. Existem dois tipos de variação da doença o hipotireoidismo – metabolismo lento - e hipertireoidismo – metabolismo acelerado.
O mais comum entre os pacientes é que acarreta em certo ganho de peso é o hipotireoidismo. Segundo o endocrinologista, atinge principalmente as mulheres, sendo nove para cada homem que apresenta a doença.
Os sintomas mais comuns do hipotireoidismo são: fadiga, sensação de cansaço, sonolência, fraqueza e câimbras musculares, indisposição, dificuldade de concentração e raciocínio, déficit de memória e depressão, pele seca, áspera, amarela e fria, queda de cabelos, unhas fracas e quebradiças, intolerância ao frio, constipação, diminuição dos batimentos cardíacos, ganho de peso leve, distúrbios menstruais e de infertilidade, diminuição de potência e libido em homens, anemia e aumento do colesterol.
“É mais uma retenção de líquidos e não de gordura. As pessoas sentem muitos sintomas antes de chegar a obesidade. São em média de três a quatro quilos de inchaço ocasionados pelo hipotireoidismo. Uma vez feito o tratamento o paciente elimina esse peso”.
O tratamento é feito com a reposição do hormônio tireoideano. Segundo Marcelo Macedo, é bastante efetivo e praticamente sem efeitos colaterais ‘uma vez que o paciente toma exatamente o hormônio que a tireoide deixou de fabricar ou está fabricando em quantidade insuficiente’.
Quanto ao hipertireoidismo, o endocrinologista explica que é o processo oposto do hipo. Enquanto um causa sonolência o outro gera sintomas como: taquicardia, palpitações, tremores finos nas mãos e diversos outros. E o tratamento também se faz por meio do controle na produção de hormônios.
Nos dois casos o médico indica um acompanhamento continuado para evitar complicações futuras. Ele garante que não há dificuldades no controle dos hormônios nem efeitos colaterais no tratamento, mas os distúrbios na tireoide podem ser considerados portas de entrada para outros tipos de doenças como diabetes e hipertensão.
Fonte: www.radarsaude.com.br
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