O McGill University Health Center, no Canadá, pesquisou vários estudos existentes para estudar se os cônjuges de pacientes com diabetes tipo 2 (DM2) estariam expostos a um risco aumentado de também desenvolver o diabetes. Já é fato bem conhecido que pessoas biologicamente relacionadas apresentam um risco maior de DM2, mas este foi um dos primeiros estudos a avaliar se esse risco aumentado também pode existir em membros da família não biologicamente relacionados, como é o caso dos cônjuges.
O estudo avaliou 75.498 casais e descobriu que quando um dos cônjuges tem DM2, o outro cônjuge apresenta um risco impressionante, na casa dos 26%, de também apresentar diabetes. Para explicar esse resultado, os pesquisadores citaram o conceito do “agrupamento social”, condição que aborda a ideia de que pessoas que vivem juntas estão no mesmo ambiente e tendem a desenvolver os mesmos hábitos de alimentação e de atividade física. Além do aspecto do agrupamento social, os pesquisadores relataram que o acasalamento pode também desempenhar um papel no aumento do risco. O acasalamento é a ideia que as pessoas têm de constituir um casal que mantenha características similares, incluindo hábitos de saúde.
O estudo sugere que, quando um dos cônjuges apresenta DM2, o outro cônjuge deve estar alerta em relação aos seus próprios hábitos com o objetivo de evitar condições que levam ao diagnóstico de diabetes. Os hábitos de pessoas que vivem em casais tendem a influenciar seu parceiro de forma significativa no sentido de adotar maus hábitos de saúde.