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Pesquisa revela que obesidade atinge mais brasileiros entre 56 e 65 anos

Os brasileiros estão cada vez mais gordos, e a luta com a balança aumenta perto dos 60 anos. A pesquisa da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica também mostra o que leva as pessoas a perder a guerra da balança.  Além da fome, as pessoas responderam que comem muito além do que precisam por ansiedade, preocupação e tristeza. E sabe aquela sensação que todo mundo tem de que quem casa, engorda? Veja só o que o levantamento concluiu.

É a tal da correria: “Um descontrole de tempo”, diz um homem.     

Também tem a ansiedade, o stress: “A gente brinca também que é por ansiedade, por alguma coisa. Mas é muito gostoso comer”, brinca uma mulher.     “Macarronada. Já vem ela na mente”, afirma um homem.

Olha o lanchinho da Edilaine: “Batata frita! Com bastante maionese”, diz.

E de batata em batata, de quilo em quilo, os brasileiros estão engordando. Em 2007, de cada cem pessoas, 12 eram obesas. Sete anos depois, o grupo cresceu: ganhou mais seis. Os obesos passaram a 18,5% da população. A faixa etária com maior número é de 56 a 65 anos: 24%.

“Parei de fumar, eu fiquei sedentário. Eu corro da balança, tenho medo da balança”, brinca o aposentado João Tomé.

A pesquisa também mostrou que a obesidade está mais presente na classe C, e quanto menor a escolaridade, maior a incidência. Informação e ajuda de especialistas fazem a diferença.

“Eu estava com 86 quilos e agora eu comecei a passar com a nutricionista, fazer acompanhamento e agora eu estou com 79. Agora, espero que vá”, brinca a auxiliar de serviços gerais Suelene Marcena.

Os motivos para mandar os quilos embora vão muito além da estética. Gordura em excesso é uma questão de saúde pública. “Obesidade não é falta de vontade, obesidade não é falta de caráter. Obesidade é doença, e como uma doença ela deve ser tratada. E é a doença que mais mata pessoas hoje no mundo. Mata mais do que infarto, porque ela causa muitos infartos; mata mais do que derrame, o AVC, porque ela causa AVC; mata mais que diabetes, porque ela é uma das causas do DIABETES TIPO 2”, explica Luiz Vicente Berti.

A enfermeira Aglaé Gambirasio chegou a 125 quilos. Decidiu mudar quando viu a situação de duas tias, também obesas. “Elas não vão mais ao shopping, ao SUPERMERCADO, porque elas não aguentam andar. Eu falei: ‘Eu não posso ficar assim, porque eu gosto de bater perna’”, afirma.     

Ela recorreu à cirurgia bariátrica e emagreceu 46 quilos. Diminuiu o tamanho do prato e passou a fazer mais exercícios. É uma mudança de estilo de vida.     

A pesquisa também traduziu em números uma coisa que muita gente já tinha notado: casar engorda. A porcentagem de obesos entre as pessoas com esse estado civil é de 21%. Já entre os solteiros, o índice é de 13%.     

“Mais ou menos uns 12 e 14 quilos. Fica mais juntinho, come pipoca, brigadeiro. Vai em shopping, come hamburger, essas coisas todas”, conta um casal.     

André Furtado e Raíssa Gerardini ainda nem casaram, mas já se uniram no ganho de peso. “Enquanto está solteiro você se preocupa mais em manter a forma, tem que estar atraente, para conquistar. Agora já conquistou”, brinca o estudante.     

“Mas a gente falou isso, não pode. Tem que se cuidar porque tem que continuar mantendo o amor e conquistar todo dia. A gente falou: ‘Vamos começar agora a fazer direito’”, diz a engenheira química.

A pesquisa mostrou ainda que a obesidade mórbida atinge 4% da população.

Fonte: SBCBM


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