A depressão é um forte preditor da má qualidade da DIETA e aumento no índice de massa corporal entre as populações de baixa renda, mostra um novo estudo publicado na última terça-feira (10) no Journal of the Academy of Nutrition and Dietetics. Segundo os pesquisadores, o foco em saúde mental nesse grupo de alto risco já poderia ser uma valiosa intervenção para combater a má nutrição e obesidade - embora eles também concordem que melhorar a DIETA e investir na PERDA DE PESO também seria uma forma de beneficiar a saúde mental dessas pessoas.
Os pesquisadores americanos apontaram para o fato de que estudos anteriores tinham demonstrado uma associação entre depressão e baixo nível socioeconômico, e entre a insegurança alimentar e depressão, mas a direção da causalidade da associação ainda não está clara.
Neste estudo em questão, foram analisados dados de 1.372 pessoas de cinco anos, a maioria afro-americano, que vivem em áreas de baixa renda, com pouco acesso a opções de alimentos saudáveis, o que eles chamavam de "desertos alimentares". A pessoa que fez a maioria das COMPRAS de alimentos em cada domicílio - de um total de 639 pessoas deste grupo - respondeu perguntas detalhadas sobre sua dieta, para dar uma nota sobre a Saúde (Eating Index-2005), que reflete a sua ingestão dos cinco principais grupos de alimentos ( frutas, legumes, grãos, leite e carne e feijão) e outros nutrientes. Eles também forneceram informações sobre a sua idade, sexo, nível de escolaridade, renda e situação de emprego; calcularam o IMC; e responderam a perguntas (Patient Health Questionnaire-2) que permitiram que os entrevistadores avaliassem o seu nível de depressão. Além disso, o seu nível de segurança alimentar foi avaliado por meio de um levantamento de 18 itens padrão, e eles foram questionados sobre a sua participação em programas de fornecimento de vale-refeição, ou sistemas semelhantes.
Os pesquisadores descobriram que a depressão influenciou fortemente tanto a qualidade da dieta e quanto o IMC. Mesmo depois de controlar outros fatores individuais, maiores escores para sintomas depressivos foram associados com menores escores para a qualidade da dieta e com IMC mais alto.
Os pesquisadores concluíram que a depressão coloca grupos de baixa renda em um risco ainda maior do que já se encontram de obesidade e má nutrição. Eles sugeriram uma ação de saúde pública com foco na saúde mental, especialmente em sintomas depressivos, poderia ajudar a combater o excesso de risco.