Em 2014, o Vigitel entrevistou 40.853 adultos com mais de 18 anos residentes nas capitais dos 26 estados e DF. As entrevistas foram realizadas por inquérito telefone entre fevereiro e dezembro de 2014 O objetivo do estudo, segundo o MS, é medir a prevalência de fatores de risco e proteção para doenças não transmissíveis na população brasileira, e subsidiar ações de promoção da saúde e prevenção de doenças.
Embora o MS, aponte que o índice de obesidade está estável no país, o número de brasileiros acima do peso é cada vez maior. O excesso de peso já atinge 52,5% da população adulta do país. Essa taxa, nove anos atrás, era de 43% - o que representa um crescimento de 23% no período. Também preocupa a proporção de pessoas com mais de 18 anos com obesidade, 17,9%, embora este percentual não tenha sofrido alteração nos últimos anos. Os quilos a mais na balança são fatores de risco para doenças crônicas, como as do coração, hipertensão e diabetes, que respondem por 72% dos óbitos no Brasil.
O índice de excesso de peso na população masculina chega a 56,5% contra 49,1% entre elas, embora não exista uma diferença significativa entre os dois sexos quando o assunto é obesidade. Em relação à idade, os jovens (18 a 24 anos) são os que registram as melhores taxas, com 38% pesando acima do ideal, enquanto as pessoas de 45 a 64 anos ultrapassam 61%.
A Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica vê os resultados com cautela. Vale lembrar que a pesquisa é feita por telefone e as pessoas costumam subestimar seu peso, o que significa que este número pode ser muito mais alto do que o levantamento aponta.