Em um relatório apresentado nesta terça-feira (9) no American Diabetes Association, pesquisadores afirmam que crianças nascidas de mães obesas podem estar predispostos a ser obeso devido ao ambiente do útero.
Cientistas liderados por uma equipe da Universidade de Colorado School of Medicine analisaram as células-tronco retiradas de cordão umbilical de bebês nascidos de peso normal e mães obesas. No laboratório, eles levaram essas células-tronco a se transformar em músculo e gordura. As células resultantes de mães obesas tinham 30% mais gordura do que os de mães com peso normal, sugerindo que as células dos bebês de mães obedas eram mais propensas a acumular gordura.
Se isso significa que essas crianças são mais propensas a se tornarem obesas e desenvolver as condições crônicas associadas com ganho excessivo de peso, tais como doenças cardíacas e diabetes, ainda não está claro, mas vale a pena investigar mais essas mudanças como possíveis fatores de risco para a obesidade infantil.
O próximo passo, segundo os pesquisadores, é acompanhar essas crianças para ver se é uma mudança duradoura para a vida adulta. Eles já estão estudando as células para ver se elas usam e armazenam energia de forma diferente dos obtidos a partir de mães com peso normal, e se essas alterações resultam em diferenças metabólicas, tais como inflamação ou resistência à insulina, o que pode preceder a doença cardíaca e diabetes.