Dia Mundial da Osteoporose
Hoje, 20 de outubro é o Dia Mundial da Osteoporose e, segundo dados da International Osteoporosis Foundation (IOF), o problema atinge cerca de dez milhões de pessoas no Brasil. O Dr. Sérgio Maeda, presidente do Departamento Ósseo e Mineral da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), lembrou que é uma doença silenciosa e, por conta do envelhecimento da população, a tendência é de que o número de pacientes cresça nos próximos anos.
Mas o que é a osteoporose?
Ela surge quando os ossos ficam finos e frágeis. Em virtude disso, fraturam facilmente mesmo após uma pequena pancada ou queda, quando estamos de pé. Uma em cada três mulheres e um em cada cinco homens em todo o mundo com idades acima dos 50 anos sofrem de fracturas por fragilidade óssea (fratura óssea), provocada pela osteoporose.
Estas fraturas podem ocorrer em qualquer parte do corpo. Mas as zonas geralmente mais afectadas são os pulsos, a coluna e as ancas. As fraturas devidas à osteoporose são uma das maiores causas de dor, de incapacidade a longo prazo e de perda de independência entre os adultos mais velhos, podendo conduzir mesmo a morte prematura.
"O ideal é que o diagnóstico seja feito antes que a fratura aconteça. Desta maneira, o paciente pode ser orientado a mudar sua alimentação, realizar uma atividade física direcionada e, dependendo do caso, ser medicado. O acompanhamento médico também é importante pois a osteoporose pode estar sendo causada por outra doença. Para isto, uma investigação é necessária", afirmou o Dr. Sergio Maeda.
Dr. Sérgio acrescentou que em alguns momentos da vida as pessoas estão mais propensas a ter a manifestação da doença. "As mulheres após a menopausa e os homens a partir dos 70 anos têm um risco maior. O diagnóstico é feito através do exame de densitometria óssea e, por conta disso, é necessário o caso ser acompanhado anualmente por pelo menos cinco anos. Após o período pode-se realizar os exames a cada dois anos", disse.
O médico lembrou que para evitar mais casos da doença o ideal seria fazer um acompanhamento ao longo da vida. "Existe um período crítico em que o indivíduo armazena cálcio, que seria entre a infância e a adolescência. Nessa fase é importante se ingerir cálcio através dos alimentos e realizar os estímulos mecânicos através de exercícios. O pico de massa óssea acontece entre 20 e 30 anos de idade", disse.
Causas
As causas são múltiplas: genéticas, nutricionais (deficiência de cálcio, síndromes que levem à má absorção dos nutrientes dos alimentos, troca de leite por refrigerante), endócrinas (doenças como hipertiroidismo). O tabagismo e o consumo excessivo de álcool prejudicam o esqueleto, bem como o uso prolongado de certos medicamentos como os glucocorticóides.
A falta de atividade física, tanto aeróbica quanto de treino muscular, é outro inimigo, uma vez que os exercícios físicos ajudam a fortalecer o esqueleto. É preciso considerar, ainda, a deficiência de vitamina D, muito frequente nos dias de hoje pela baixa exposição ao sol e pelo uso cada vez mais disseminado de filtro solar. Produzida na pele sob ação dos raios solares, ela ajuda a fixar o cálcio nos ossos.
Tratamento
Embora haja tratamento para osteoporose (inclusive remédios de uso mensal e anual), o melhor é descobrir a vulnerabilidade antes de apresentar a doença. E investir se possível a partir da infância, na prevenção: ter no cardápio alimentos ricos em cálcio, sobretudo leite e derivados, levar uma vida mais ativa, inclusive ao ar livre e, se necessário, recorrer a suplementos de cálcio e vitamina D.
Fonte: www.endocrino.org.br
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