Como o açúcar afeta o cérebro?
Os carboidratos, como glicose, maltose, lactose, dextrose, amido e frutose não estão presentes apenas nos alimentos doces. Molhos, iogurtes, águas flavorizadas, granola... uma infinidade de alimentos contém carboidratos... basta ler nos rótulos. E saber como o açúcar afeta o cérebro é importante para entender como surgem certos comportamentos alimentares.
Ao nos alimentarmos de um alimentos doce, a língua já reconhece este alimentos através dos receptores de sabor, e informa ao cérebro, via conexões nervosas, que um alimento muito agradável chegou.
O córtex cerebral é a parte mais desenvolvida do nosso sistema nervoso, onde se processam as transmissões de impulsos nervosos que nos fazem ser... o que nós somos. Emoções, pensamentos, ações, decisões, tudo é processado lá. E é no córtex cerebral que o sistema de recompensa cerebral age.
O sistema de recompensa cerebral é uma linha de fios de comunicação (os nervos) que carregam informações de prazer/desprazer, felicidade, tristeza, e que podem ser estimuladas e levar você a finalmente... querer comer doce de novo, ou querer fazer aquela experiência prazerosa novamente.
E não são apenas os carboidratos que podem estimular o sistema de recompensa cerebral... convívio social, relações de afeto, drogas... elas e os carboidratos agem liberando substancias no cérebro que estimulam o sistema de recompensa cerebral.
A dopamina é a principal substância neurotransmissora no nosso sistema de recompensa cerebral, e os receptores de dopamina estão mais localizados na parte anterior do córtex cerebral. Pois lá é onde as funções de motivação, euforia, prazer e perseveração estão mais localizadas.
O áçucar faz com que a dopamina a seja liberada no cérebro, bem menos que as drogas, mas causa sensação de bem estar, transitória. E aí está uma possível explicação para que a ingestão dos mesmos alimentos de forma repetida por muitos dias leve a gente a querer mudar os alimentos. O cérebro libera cada vez menos dopamina em resposta aos alimentos que são ingeridos seguidamente. E isso nos levaria a querer variar nossos alimentos sempre.
Fonte: endocrinologia em dia
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